Há tanta informação por aí, mas continuamos a ficar aquém quando se trata de dar prioridade ao nosso bem-estar. Aqui estão algumas noções básicas para nos ajudar a voltar ao bom caminho.

A vida moderna trouxe-nos invenções maravilhosas como a tecnologia, um estilo de vida mais fácil e o acesso à informação com o clicar de um botão. No entanto, há um preço a pagar – o ritmo de vida e de trabalho super-rápido em que vivemos. É difícil acompanhar o ritmo e sentimo-nos constantemente estressados com medo de ficarmos para trás. Este acesso à tecnologia pode fazer-nos esquecer que continuamos a ser seres humanos com necessidades que não podem ser contornadas pela tecnologia ou ignoradas devido às agendas preenchidas que muitas vezes somos obrigados a equilibrar.

A vida mais simples tinha certamente as suas vantagens em termos de comunidade, dedicação à arte do trabalho, mais tempo passado a desfrutar da vida, da família e dos amigos. Actualmente, a avalanche de informação e de exigências que a tecnologia nos impõe pode ser bastante avassaladora. Podemos sentir-nos intimidados com tantos conhecimentos novos, ao ponto de não conseguirmos enveredar por um novo caminho.

Não se preocupe, a ajuda está à mão

De acordo com o Dr. Robert H. Shmerling, um reumatologista da Harvard Medical School, pode simplificar a sua vida dar atenção ao que realmente importa. Shmerling diz que, embora cada pessoa seja diferente, há certas coisas que são iguais para todos nós pelo simples facto de sermos humanos. Isto pode parecer óbvio, mas a realidade é que se não der prioridade à sua saúde física e mental e não gerir os seus níveis de estresse, nunca poderá estar no seu melhor ou ter o melhor desempenho.

Num artigo no site do Centro de Harvard para o Clima, a Saúde e o Ambiente Mundial, o Dr. Shmerling sugere que se concentre no que é verdadeiramente importante, adoptando “uma abordagem holística da saúde”, começando por estes quatro hábitos básicos:

1. Comer alimentos nutritivos em abundância

Nutrir o corpo para ter saúde é importante, diz o Dr. Shmerling, o que significa comer muitos alimentos nutritivos. “Procure comer pelo menos cinco porções de frutas e hortaliças diariamente. Estes alimentos ricos em nutrientes trazem-nos vitaminas, minerais e fibras essenciais que apoiam numerosas funções do corpo e ajudam a evitar doenças crónicas.”

Existem suplementos que podem ajudar a manter a energia, mas não há como escapar a uma dieta saudável. Sem alimentação saudável, o corpo não vai ter tudo aquilo de que necessita e não conseguirá funcionar o melhor possível.

2. Fazer exercício físico com frequência

O corpo fortalece com o exercício frequente. Não é opcional se quiser sentir-se bem e estar no seu melhor em casa e no trabalho. O Dr. Shmerling aconselha a “praticar actividade física pelo menos três vezes por semana. O exercício oferece inúmeros benefícios para a saúde, como a redução da pressão arterial elevada, o aumento do colesterol bom, o controlo dos níveis de açúcar no sangue, a redução do risco de quedas e fracturas e a melhoria do humor e da qualidade do sono.”

Fumar continua a ser desaprovado, mas isso já sabe. Monitorize cuidadosamente o seu consumo de álcool, uma vez que este também pode ter efeitos adversos na sua saúde física e mental.

3. Lidar com o estresse

O estresse tornou-se parte da nossa vida quotidiana, mas isso não significa que seja um hábito saudável. Pode fazer com que se sinta doente e incapaz de enfrentar as suas responsabilidades em casa e no trabalho. Pode afectar a sua saúde mental e levar a desequilíbrios sistémicos no corpo. Levar uma vida equilibrada é fundamental.

O Dr. Shmerling explica: “Níveis elevados de estresse podem causar efeitos adversos na saúde física e mental, contribuindo para doenças como a ansiedade, a depressão, a hipertensão arterial e perturbações gastrointestinais. Para combater o estresse, considere incorporar técnicas de relaxamento na sua rotina diária, como a meditação ou exercícios de respiração profunda, ou participe em actividades de que goste.”

4. Dormir o suficiente

É necessário dormir e quando se dorme bem, o corpo e a mente agradecem. Os especialistas do Centro de Harvard para o Clima, a Saúde e o Ambiente Mundial explicam: “O corpo desempenha funções de reparação essenciais durante o sono e a falta de descanso pode prejudicar a capacidade do sistema imunitário para combater as doenças. Além disso, não dormir o suficiente pode perturbar as hormonas que regulam as sensações de fome e saciedade, provocando desejos de comer alimentos não saudáveis e uma diminuição dos níveis de energia.

“Deve procurar dormir sete a nove horas para apoiar o seu bem-estar geral e promover um estilo de vida saudável”, aconselham.

Parece não haver consenso sobre a hora a que devemos ir para a cama. A Dra. Teni Davoudian, psicóloga clínica do Centro da Saúde da Mulher da Universidade de Saúde e Ciências de Oregon, afirma: “Na verdade, ir para a cama à mesma hora todas as noites não ajuda muito a regular o ciclo do sono. Se tiver insónias, em vez de uma hora certa para se deitar, precisa é de ter uma hora certa para acordar.” Isto funciona bem mesmo para quem trabalha em turnos nocturnos, porque a ênfase está em criar uma rotina que se adapte à sua realidade, em vez de tentar encaixar rotinas irrealistas na sua vida.